Wednesday, May 16, 2007

Morre, mas antes...

Lutar uma vida
Sofrer momentos
Viver sentimentos
Acordar entristecida.
Realizar accoes
Sobreviver a desilusoes
Desejar amar eternamente..
Passar o tempo indefinido
E chorar um presente
Querer o tempo perdido.
Cacar uma esperanca
Recordar uma lembranca
Reviver um passado
Em que te senti a meu lado.
Sonhar utopicamente
Com um futuro que poderia ser diferente
Nao fosse este meu amarro ao que ja foi...
Que no fundo, ainda doi.
Esta ferida que perdura
Dizem que o amor nao tem cura.
Ora, sinto-me revoltada
Sera odio, amor exaltado?
Amor abandonado?
Deveria estar calada..
Pouco sei, mas sei assim...
Que um dia vou olhar p'ra mim
Com olhos e amor profundo
Irei viver no (branco) mundo
Contente, alegre, feliz,
O que irao dizer? Criticar?
Tao pouco eh o que me diz.
N ha espaco pra isso quando se va amar.
Morre muito de nos concerteza,
Mas nasce muito mais
Amor eh uma fortaleza
Que nao sei se sera entao
Pequena demais, grande demais
Ou demais p'ra mim?!
Vivo entao nesta incerteza, enfim
Nesta insatisfacao...

De nao ter o que nao quero;
De viver uma vida que nao pedi..
Uma morte desejada mas temida
Uma vida sem porto seguro, onde atracar
Onde me refugiar...
Onde possa chorar, rir, gemer, gritar, dancar, etc.

O meu amor, o meu unico amor,
Tirar-me-a da duvida...
Do medo...
Aquando disso acontecer,
Poderei dizer
Valeu a pena nascer
E ser predestinada a uma morte...
Pois so isso impossibilitar-me-a
De ser carregada por outra sorte.



Num desabafo, que acabaram por mencionar ser relativamente suicida, mencionei:
"Para que vivemos? Para morrer."
Agora, evidencio:
"Deixai-nos morrer; Primordialmente, amando."

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